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01 setembro 2011





Mas é que o mundo inteiro cabe bem no meio de uma palma de mão.



20 julho 2011

Do dia do amigo


Um por poucos. 
Poucos por um.




*Aos verdadeiros, um grande esmaga ossos. Muah ;*

18 julho 2011

Cotidiano



Eu acordo
escovo os dentes
olho-me no espelho
saio para a rua
olho para os dois lados
ignoro muita gente
dou boa tarde ao cobrador
chego atrasada
sou cobrada
minha cabeça dói
meu estômago ronca
leio
leio
leio
leio
uma vida feita de pixels
e nomes inventados

23 abril 2010

Sempre viva

21 fevereiro 2010

Chove



O negro da noite nos teus olhos
Pretas nuvens que anunciam a chuva
Anunciam madrugada sem lua
E baldes d’água sobre o chão

12 fevereiro 2010

Significante (in)Sabedoria

Se ela soubesse o desentrelaçar das mãos
Os desvios do olhar
Os abandonos dos braços
O começar dos suspiros

Se ela imaginasse
Os cansaços e os sonos
Que se viriam com o tempo
Tornar-se-iam desespero

Se ela soubesse
Que a dúvida apazigua
Torna felizes os descrentes
E deixa morrerem à míngua
Os sobreviventes.

Se ela soubesse
Que ele se fez de contente
E que por não ter argumento
Não soube digerir
O que a ignorância tem de melhor

Se ela imaginasse
Que a vida é um exagero
Que se trabalha o ano inteiro
Não se tem o que se quer
Não se ama o que se tem
Não se realiza o que se sonha

Se ela soubesse
Que o humano não tem preço
Que a escada é sempre descida
A porta é sempre saída
E nada se prende a nós

Se ela imaginasse
Que a despedida é sempre o início
O vício é a fita do avesso
Que a cabeça encosta no travesseiro
E dormir é o suicídio

Se ela soubesse
Se ela imaginasse
Se ela vivesse
Se ela sonhasse
Talvez ela não mais dormisse.


11 fevereiro 2010

As paredes são testemunhas mudas



Das minhas dores mais azedinhas


Que param e ficam


Nos vértices de minh’alma


Elas olham, cantoneiras


Quando choro tão baixinho


E não há um só ladrilho


Que escape do meu lamento


Elas ouvem, sestrosas


Quando murmuro de mansinho


Que o que queria era carinho


E de minhas confidentes uma resposta.


Mas elas não sentem,


São de pedra, as danadas


E, por mais que a gente tente,


Delas nunca ouvimos sequer palavra.