Páginas

11 fevereiro 2010

As paredes são testemunhas mudas



Das minhas dores mais azedinhas


Que param e ficam


Nos vértices de minh’alma


Elas olham, cantoneiras


Quando choro tão baixinho


E não há um só ladrilho


Que escape do meu lamento


Elas ouvem, sestrosas


Quando murmuro de mansinho


Que o que queria era carinho


E de minhas confidentes uma resposta.


Mas elas não sentem,


São de pedra, as danadas


E, por mais que a gente tente,


Delas nunca ouvimos sequer palavra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário