As paredes são testemunhas mudas
Das minhas dores mais azedinhas
Que param e ficam
Nos vértices de minh’alma
Elas olham, cantoneiras
Quando choro tão baixinho
E não há um só ladrilho
Que escape do meu lamento
Elas ouvem, sestrosas
Quando murmuro de mansinho
Que o que queria era carinho
E de minhas confidentes uma resposta.
Mas elas não sentem,
São de pedra, as danadas
E, por mais que a gente tente,
Delas nunca ouvimos sequer palavra.
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