Páginas

13 janeiro 2010

Não quero fazer confissões,
Nem ao menos olhar para os lados.

São eles que passam e passam
Não sei quem são;
Não olham nos olhos.

Se não de cima a baixo é que olham.
Se não atrás dos ombros é que falam.

Ninguém sabe que eles não sabem.
E não sentem.
Apenas passam.

Trejeitam-se no espelho,
Mas não sabem por que desbotam.

Fingem interesse, mas escolhem
Apenas o que os interessa ouvir.

Não sentem ou choram
A agrura de quem os olha de cima.

Tão pequenos e tão cruéis que são
Não tem olhos ou boca ou ouvidos.
São todo ilusão.

E apenas passam, passam.
A viver na contramão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário