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09 janeiro 2010

[In]Reciclável

Meu poema não presta.
Está no lixo.
São idéias descartadas,
Palavras recicladas,
Rimas sucateadas.
São as PET’s não lembradas
Não tem a importância prateada
Das latas alumíneas.
Não tem o brilho do cobre
É apenas poesia opaca,
Que nem luxo-lixo soube ser.
E o papel que pesa ouro
Depois dessas linhas amassadas
O senhor catando olhou,
Também achou um lixo.
Jogou dentro do seco mesmo.
E foi procurar algo que enfim valesse.

2 comentários:

  1. Carol,

    Um golpe de crueza e beleza das tuas letras em mim...

    Menina, me fez lembrar um verso meu, "explote na glote a vontade seca de te ter"...ter o outro, a letra, a vida, o fogo, a terra, a água, o ar, ....voar, voar....

    Caramba, vc é poeta!!!!!!!!!!!!!!


    Parabéns.

    Beijos

    Giselle Zamboni

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